Escola de Bicicleta

mobilidade & recreio

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«Aprender a conduzir bicicleta» – Rádio Estrada Viva

Já conhecem a Rádio Estrada Viva?

RÁDIO ESTRADA VIVA divulga conteúdos de segurança rodoviária, prevenção da sinistralidade e mobilidade sustentável. É uma web rádio acessível no site da Estrada Viva, mas que pode ser inserida noutras páginas web de associações, entidades, blogues, etc. […]

Fomos gentilmente convidados pelo Luís Escudeiro a participar com algumas rubricas dedicadas à condução de bicicleta. A primeira peça, aqui, faz a introdução à escola e ao tema da formação de condutores de bicicleta.

As 4 regras de uma condução segura

Ao conduzir um veículo – seja ele qual for – há 4 coisas fundamentais que temos que fazer se quisermos reduzir o risco a que nos expomos e a que expomos terceiros:

1. VER

2. SER VISTO

3. COMUNICAR

4. DAR ESPAÇO PARA ERROS

Isto não é uma receita, é apenas uma lista de ingredientes que não podem faltar.

A forma como os usamos varia de situação para situação. Estas regras não valem de muito para alguém que não conhece ou compreende as dinâmicas das colisões, e a psicologia humana – esse é que é o principal desafio em termos de aprendizagem.

Temos que esmiuçar cada uma destas regras:

VER: o quê, quem, quando, como, porquê?

SER VISTO: por quem, quando, como, porquê?

COMUNICAR: o quê, quando, como, a quem?

DAR ESPAÇO P/ ERROS: de quem, quais, como, porquê?

Para toda e qualquer situação, ao conduzir, temos que saber responder correctamente a estas questões. É isso que queremos [continuar a] fazer aqui no blog. Do arquivo actual:

Artigos sobre VER:

Artigos sobre SER VISTO:

Artigos sobre COMUNICAR:

Artigos sobre DAR ESPAÇO PARA ERROS:

A par destas regras básicas, importa compreender e aplicar ao ambiente rodoviário o conjunto de valores que vigoram noutras áreas da nossa sociedade e que se consubstanciam nestes 10 mandamentos sociais da estrada.

Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti

É comum ver condutores de bicicleta a fazer às pessoas a pé o que se queixam que os condutores de automóveis lhes fazem a eles: razias, apitadelas, ultrapassagens perigosas “para lhes ensinar uma lição, etc. Fazem-no pelas mesmas razões, ignorância, negligência, sobranceria.

O risco a que expõem os peões é menor do que aquele que os condutores de automóveis os expõem a eles, claro, mas ainda assim não é, de todo, um risco desprezável. Há efectivamente pessoas atropeladas por condutores de bicicletas. Daí podem resultar lesões variadas, e até a morte. E o próprio condutor da bicicleta também arrisca magoar-se, claro (pelo que é o primeiro interessado em correr riscos desnecessários…).

Fonte: massacriticapt.net

Fonte: massacriticapt.net

Na nossa escola ensinamos várias coisas fundamentais, entre elas a avaliação e redução de riscos, a cortesia, e a empatia. Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.

Os peões e os ciclistas são os elementos mais desprezados nos nossos espaços públicos, e as políticas públicas que têm havido e a forma como são desenhadas as vias públicas têm aumentado a fricção entre ciclistas (que fogem das estradas acreditando, erroneamente, que estão mais seguros nos passeios e ciclovias) e peões. Não podemos tolerar tal coisa. Os condutores de bicicletas e os peões devem misturar-se o mínimo possível, só em situações excepcionais e bem desenhadas, para evitar conflitos e reduzir riscos.

Os peões estão hierarquicamente acima dos ciclistas (pela universalidade dessa condição, pela maior vulnerabilidade, e pela ausência de ameaça aos outros utentes), estes últimos têm a responsabilidade de não colocar os primeiros em risco, mesmo quando estes adoptam comportamentos perigosos ou mesmo ilegais (podem ler uma introdução ao conceito de Responsabilidade Objectiva aqui).

Fonte: Sorumbático

Fonte: Sorumbático

A pensar nisto, a MUBi publicou um conjunto de 7 regras para respeito para com os peões, e o Luís Escudeiro divulgou-os em forma de podcast na Rádio Estrada Viva.