Escola de Bicicleta

mobilidade & recreio

Gancho à direita (‘right hook’)

Há dois tipos de “gancho à direita” (right hook, em inglês), uma das colisões carro-bicicleta mais comuns:

  1. quando um automobilista passa ou ultrapassa um ciclista e vira à direita
  2. quando um ciclista entra no ângulo morto de um automobilista que está a virar à direita

Como com a maior parte das colisões, esta também pode ser evitada por uma das partes independentemente do erro ou culpa legal da outra.

Um gancho à direita tem este aspecto:

Fonte: Bicycling.com

Fonte: Bicycling.com

O vídeo abaixo foca-se nas dinâmicas das ciclovias [ciclovias são vias de trânsito reservadas a velocípedes, marcadas na faixa de rodagem, como os corredores BUS mas quase sempre demasiado estreitas para caber um carro]. Os ganchos à direita podem acontecer em estradas sem ciclovias, com vias largas ou estreitas. A causa e a prevenção são as mesmas também nesses casos.

Agora um exemplo real. O vídeo abaixo mostra uma situação típica de [quase] colisão (neste caso a condutora da bicicleta até teve sorte, porque não chegou a colidir com o automóvel) entre um automóvel que vira à direita e uma bicicleta que, circulando encostada à direita da corrente de tráfego geral, segue em frente num entroncamento ou numa entrada particular.

Passem directamente para os 0:45 s no vídeo e observem bem:

Os ciclistas circulam na berma*, à direita da corrente de tráfego geral. Surge uma entrada/saída para um parque de estacionamento, os ciclistas pretendem continuar em frente mas à sua esquerda há um automóvel que, depois de colocar o pisca, vira devagar para entrar no parque de estacionamento e quase abalroa a ciclista da frente.

tem uns símbolos de bicicleta pintados no chão, sim, mas para o caso, é irrelevante: seja uma berma, uma ciclovia, ou um passeio, a mecânica da colisão é a mesma

Quem tem culpa?

O condutor do automóvel não se aproximou da berma antes de efectuar a manobra, como manda a lei, mas fez o pisca e fez a manobra bastante devagar. Ainda assim, e como referiu várias vezes uns instantes mais tarde, não viu a ciclista [antes de começar a virar]. E provavelmente não a viu porque esta estava no ângulo morto dos espelhos retrovisores do automóvel. Dado que não há sinalização nenhuma a alertar para eventual trânsito de bicicletas na berma da estrada, o condutor do automóvel não tinha nenhuma razão para se preocupar com esse ângulo morto, dado que este, tanto quanto ele saberia, dava para a berma, de onde não é suposto surgirem veículos…

A condutora da bicicleta circulava pela ciclovia, como manda a lei nos EUA, mas a ciclovia deixa de existir nos entroncamentos e entradas/saídas como a do vídeo, apesar de não haver sinalização vertical a validar as marcações rodoviárias… Ela quer seguir em frente e vê (ou, provavelmente não vê, porque não estava à procura desse sinal, perdida na ilusão de que na ciclovia não tem que se preocupar) um carro à sua esquerda a pôr o pisca, mas não abranda, assume, sem se certificar, que o condutor a viu e que lhe vai ceder passagem, e é aí que [quase] ocorre uma colisão – bastava o carro vir mais depressa…

Os técnicos e políticos que implementaram / autorizaram tal infraestrutura são os maiores culpados neste cenário, pois implementaram uma infraestrutura, cuja lei (nos EUA, em Portugal já não, desde 2014) obriga os ciclistas a usarem-a em vez das vias normais ao lado, que lhes oferece uma ilusão de segurança acrescida face às vias normais partilhadas com os automóveis, mas que os coloca em risco acrescido de abalroamento ao removê-los da corrente geral de tráfego e colocá-los nos ângulos mortos dos espelhos dos automóveis, e nos ângulos mortos mentais** dos condutores destes em todos os entroncamentos.

** para um condutor de automóvel activamente procurar ver o que se passa na berma ao seu lado, tem que estar formatado para tal, isso tem que fazer sentido – porque foi treinado para isso e porque a experiência lhe ensinou que é importante, que não o fazer é perigoso – não é o caso da situação do vídeo

Como evitar este tipo de colisão?

Automobilistas: sigam a lei, façam a curva no menor percurso possível, e para tal aproximem-se com antecedência da berma direita, mesmo que isso implique usar, parcialmente [porque a via é mais pequena do que o normal], a ciclovia, e no processo procurem garantir que não há ciclistas nos vossos ângulos mortos.

Ciclistas: saiam da ciclovia e ocupem o centro da via adjacente um pouco antes de chegarem ao entroncamento, só retornando à ciclovia depois de passarem, em segurança, a zona de conflito. Se não há ciclovia marcada, não circulem na berma como se ela fosse uma ciclovia destas, saiam do ângulo morto, coloquem-se bem no centro do campo de visão dos automobilistas, e vão mantendo uma noção do que se passa ao lado e atrás de vós enquanto atravessam a zona de conflito (ver artigo “Olhar: em frente, para trás, por cima do ombro“), para anteciparem os erros dos outros.

Olhar: em frente, para trás, por cima do ombro

Ao conduzir uma bicicleta (bom, e qualquer outro veículo, de resto) há 5 tipos de olhares que temos que saber usar:

Olhar em frente

Parece tão óbvio, não é?

Se estou em movimento para a frente, é para aí que a minha atenção tem que ser dirigida, é aí que está o grosso do risco. É algures à frente que posso encontrar um buraco, uma lomba ou um objecto na estrada, um carro parado, carros e bicicletas e peões a cruzarem a estrada em que sigo, etc. Quanto maior a minha velocidade, menos tempo seguido me posso permitir não estar a ver o que se passa à minha frente. A 20 Km/h, percorro 5.55 m/s, ou seja, se deixar de olhar para a frente por 3 segundos, percorro 16.66 metros às cegas. Se forem 5 segundos, são quase 30 metros. Em 5 segundos e 30 metros podem surgir coisas “inesperadas”, como descobriu este senhor:

So my 1st ever driving lesson went really well even though some crazy guy cycled into the back of me when I was parked …For licensing and usage, contact:

Posted by Edward Barlow on Wednesday, May 27, 2015

Posted by Edward Barlow on Wednesday, May 27, 2015

E lembrem-se que olhar e ver são coisas diferentes. Posso estar a olhar para a frente mas estar distraída, os meus olhos podem ter visto, mas o meu cérebro não, como já tivémos oportunidade de discutir aqui no blog.

Este olhar é logo ensinado a partir da primeira aula de condução de Nível 1 na nossa escola.

Olhar para trás

Olhadela

Menos de 1 segundo. Olhar ligeiramente e de uma vez, feito regularmente, tipo de 10 em 10 segundos (mais se for um contexto rodoviário / de tráfego mais simples). Coordenado com a audição. Serve para manter, a todo o momento, uma ideia geral do tráfego à nossa volta: quantos veículos, de que tipo, em que posição, qual a velocidade, etc, permitindo preparar melhor as nossas manobras e antecipar riscos. É aqui que os espelhos retrovisores são extremamente úteis, pois permitem fazer isto sem deixar de ter visibilidade do que está em frente. O meu espelho preferido fixa-se na haste dos óculos, permitindo-me uma grande amplitude de ângulos de visão, sem ter que baixar o olhar para o nível do guiador.

Olhar

1-2 segundos de cada vez. Serve para captar uma imagem clara do que se passa atrás de nós, para podermos decidir as manobras que realizamos, quando e como. Um espelho retrovisor ajuda mas não substitui totalmente, pois tem sempre ângulos mortos e alguma distorção da imagem. Ao mudar de direcção é sempre necessário olhar directamente para trás a dado ponto do processo.

Mirada

2-3 segundos de cada vez. Fitar os olhos em algo, nomeadamente, nos olhos do condutor de determinado veículo. Isto é importante em situações em que precisamos de negociar uma mudança de via, por exemplo, mas também em cruzamentos em que é importante avaliar e tentar garantir que 1) o outro condutor nos detectou e 2) nos vai ceder passagem.

Estas três variantes do olhar para trás são abordadas e desenvolvidas ao longo dos Níveis 1.1 e 1.2 – adaptação à bicicleta, das nossas aulas de condução.

Olhadela salva-vidas

É aquele olhar pelo canto do olho e por cima do ombro imediatamente antes de arrancarmos, abrandarmos subitamente, ou mudarmos de direcção. É o que nos salva (literalmente, daí o nome), de erros cometidos por terceiros (ou mesmo por nós próprios), como este (aviso: contém imagens de uma colisão do tipo ‘sideswipe‘):

Viram que o condutor da bicicleta sinalizou a mudança de via? Mas falhou o olhar para trás e ver se era efectivamente seguro fazê-lo. É claro como a água que a culpa da colisão foi do condutor do camião, mas estava ao alcance do condutor da bicicleta evitá-la de qualquer modo. A culpa ser do outro não anula o facto de quem se magoou foi o ciclista. É sempre melhor evitar uma visita ao hospital do que estar depois a discutir com seguradoras quem é que teve a culpa.

Ensinamos este tipo de olhar no Nível 2 – adaptação ao meio.

Só é possível executar todos estes olhares depois de adquirido um bom controlo da bicicleta, claro. De outra forma o olhar para trás pode afectar dramaticamente a trajectória da bicicleta, podendo levar a quedas e colisões, ou simplesmente ser um “olhar sem ver”.

Aulas de bicicleta para crianças e adultos com necessidades especiais

Há uma ONG nos EUA chamada iCan Shine que promove campos semanais para ajudar crianças e adultos com necessidades especiais a aprenderem a andar de bicicleta.

Apesar de haver soluções para permitir a pessoas com diversas condicionantes físicas, intelectuais e/ou motoras pedalarem, recorrendo a triciclos com variáveis níveis de adaptação, se for possível a pessoa conseguir aprender a dominar as 2 rodas, será sempre a melhor opção, pois salvaguarda um maior nível de inclusão, independência e autonomia e isso faz muita diferença. Bicicletas há em todo o lado, triciclos é mais difícil encontrar. Conseguir, por isso, dominar a bicicleta, é uma conquista fabulosa.

Trissomia 21, autismo, espinha bífida, paralisia cerebral, atrasos de desenvolvimento, défices cognitivos, obesidade, são exemplos de condições que afectam particularmente a capacidade de aprender com sucesso a andar de bicicleta pelos processos comuns. Prova disso é que se estima, segundo investigadores da Universidade do Michigan, que menos de 20 % das crianças com autismo e só até 10 % das crianças com Síndrome de Down chegam a aprender a andar de bicicleta. Contudo, juntando os elementos certos, o sucesso é alcançável em pouco tempo e sem grandes percalços.

ican shine camp

Fonte: Montgomery News

Os elementos certos são: ferramentas adequadas, instrutores capacitados e investidos e um ambiente de aprendizagem apropriado. Isto vale para crianças e adultos com ou sem necessidades especiais, claro. Simplesmente, no caso dos primeiros, esses 3 factores exigem um nível de especialização superior.

rollerbikesDescobri este programa há cerca de 7 anos, nas pesquisas que fazia (e faço) na área da formação em condução de bicicleta, ainda se chamava Loose the training wheels (“Larga as rodinhas”) – mudaram de nome em 2012 para reflectir a ampliação da sua missão para incluir outras actividades recreativas como natação, ginástica, etc. Perguntei-lhes nessa altura se desenvolviam programas na Europa, pois queria tentar promover um destes campos cá em Portugal. O programa expandiu muito mas continuam hoje, como antes, sem perspectivas de virem a actuar fora dos EUA e Canadá no médio prazo.

Mantenho, contudo, o sonho de um dia importar o programa para cá, e também de conhecer e trocar ideias com o criador do programa original, e inventor e fabricante das bicicletas especialmente adaptadas usadas nos ditos campos, Richard E. Klein, um professor de engenharia mecânica reformado que desenvolveu o método de ensino e as bicicletas que o suportam.

São as bicicletas altamente adaptadas (os rolos são o que salta logo à vista, mas não é só isso), e o processo de ensino que elas facilitam, que tornam possível depender apenas de voluntários e não de instrutores especializados para ajudar as crianças a aprender, e ainda assim conseguir uma taxa de sucesso de 80 % para 5 dias de aulas, 75 min por dia. Sendo que o sucesso é de 100 % se considerarmos que todas as crianças beneficiam da experiência, mesmo que não atinjam logo os resultados desejados.

ican shine camp

Fonte: The Patriot News

Todos os adultos e crianças tiram os mesmos benefícios de aprender a andar de bicicleta de forma a poder integrá-las nas suas vidas:

  • aumento da auto-estima e auto-confiança
  • oportunidades de inclusão
  • mudança positiva nas dinâmicas familiares
  • melhoria da qualidade de vida atráves de actividades recreativas
  • transporte independente
  • melhoria da condição física

Mas isto tem uma importância particular e um impacto amplificado no caso de crianças e adultos com necessidades especiais.ican shine camp

O que fazemos na nossa própria escola segue os mesmos princípios base, em termos de métodos e ferramentas. Esperamos um dia conseguir ter capacidade financeira para investir em programas adaptados para servir também esta população com necessidades especiais de forma consistente (até hoje apenas tivémos experiências pontuais, embora bem sucedidas, com pessoas com algum tipo de condicionante, como artrite reumatóide, ligeira paralisia cerebral, fibromialgia, obesidade, próteses, etc).

Cá em Portugal, apenas sei de uma pessoa que desenvolveu trabalho nesta área, e de louvar, o Rui Pratas, mas em regime de voluntariado, com todas as limitações que isso implicava (e o Rui entretanto emigrou para o Reino Unido). O nosso objectivo é poder vir a oferecer este serviço de forma profissional e especializada, como fazemos para os alunos sem necessidades especiais.

É como andar de bicicleta

É como andar de bicicleta“, diz-se de algo que é fácil e que nunca se esquece.

Em 2012, em Viena, visitámos o Argus Bike Festival no âmbito do programa do encontro do projecto VOCA nessa cidade, em representação da MUBi. Uma das actividades disponíveis era a experimentação de uma série de invenções e adaptações velocipédicas, entre elas uma bicicleta com a direcção invertida (a roda dianteira vira para o lado oposto para o qual viramos o guiador), que tivémos a oportunidade de experimentar:

Ora, conduzir esta bicicleta revelou-se uma missão impossível nos poucos minutos em que tentámos. E agora podemos consolar-nos pois o Destin Sandlin levou a experiência às últimas consequências.

Ele, que aprendeu a andar de bicicleta [normal] aos 6 anos de idade, 25 anos depois levou 8 meses, treinando cerca de 5 min todos os dias, a conseguir conduzir uma bicicleta destas. Ou seja, precisou de cerca de 20 horas de treino, espalhadas ao longo de 8 meses, para simplesmente conseguir equilibrar-se nesta bicicleta, algo que um adulto médio consegue, numa bicicleta normal, aprender em apenas 2 horas se estiver suficientemente disposto a cair (atenção, estamos a falar apenas de equilíbrio básico a pedalar, e não do que é preciso para efectivamente saber andar de bicicleta como deve ser).

Esta experiência suscitou-me algumas questões que ficam por responder:

  1. é efectiva e objectivamente mais difícil aprender a andar nesta bicicleta do que numa normal? É menos contra-intuitiva?
  2. seria mais fácil aprender se a bicicleta invertida tivesse travões manuais (a que experimentámos em Viena também não tinha)?
  3. seria mais fácil / rápido aprender se o Destin não soubesse já andar de bicicleta normal?
  4. é possível chegar a um ponto onde se anda de forma competente e automatizada em ambas as bicicletas, saltando de uma para a outra sem soluços?

O pontos 2 e 3 interessam-me particularmente pelas ilações aplicáveis nas aulas de condução que dou na escola.

Neuroplasticidade

A capacidade do cérebro sofrer alterações sinápticas faz com que os circuitos neuronais sejam capazes de se transformarem e é esta característica única que está na base da aprendizagem e da memória. Este é um processo constante e contínuo visto que está impreterivelmente ligado a uma adaptação ao ambiente circundante e às novas experiências que vão surgindo.

Fonte: Wikipedia

your brain on a bikeO filho do Destin, de 5 anos de idade, andava de bicicleta (normal) há 3 anos, mais de metade da vida dele, e bastaram 2 semanas de treinos para conseguir andar na bicicleta invertida. Ou seja, 32 semanas para o pai, 2 semanas para o filho. Isto é um reflexo da maior neuroplasticidade das crianças – a arquitectura cerebral delas altera-se mais rápida e facilmente durante as suas aprendizagens.

Por outro lado, o que o cérebro do Destin tem a menos em plasticidade poderá ter a mais em estabilidade dos circuitos neuronais, que é o tradeoff que acontece à medida que crescemos e envelhecemos. Isso significa que não só é mais lento a aprender algo novo como é mais lento a “desaprender” algo antigo – “nunca esquecemos como se anda de bicicleta“.

Memória muscular

A aprendizagem motora utiliza memória não-declarativa (adquirida pela prática). Assim para aprender uma actividade motora é necessário treinar inúmeras vezes e de diversas maneiras determinada acção para que esta se fixe. Contudo, quando finalmente se fixa, nomeadamente na idade adulta, já não se esquece, fica na nossa “memória muscular”.

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Mas se aprendemos a andar de bicicleta quando tínhamos 6 ou 8 anos, andámos umas vezes, e depois nunca mais até acordarmos um dia aos 30, 40 ou 50 anos e resolvermos tentar de novo, podemos descobrir que afinal já não sabemos. Podemos sentir que “desaprendemos”. Pode ser apenas que a aprendizagem não ficou consolidada na altura, ou que aquilo que temos na nossa memória muscular está desacertada com a nossa nova realidade corporal: estamos mais altos, mais pesados, etc. Seja como for, reaprender é sempre mais rápido que aprender.

Conclusões

Esta experiência do Destin demonstra algumas verdades importantes que já tínhamos tido oportunidade de observar:

  • em média, aprender a andar de bicicleta (não a conduzi-la, atenção) é mais fácil e rápido para uma criança do que para um adulto
  • um adulto pode facilmente aprender a andar de bicicleta, até uma com direcção invertida :-), basta que invista o tempo necessário
  • desaprender algo é possível, sim, mas é difícil e moroso, e quanto mais consolidada estiver essa aprendizagem que pretendemos desfazer para construir outra, pior – por isso é que é muito mais difícil e leva muito mais tempo a ensinar crianças a andar de bicicleta quando estas andaram com rodinhas de apoio do que quando simplesmente nunca andaram de bicicleta – não ponham os vossos filhos a andar de bicicleta com rodinhas, por favor; dependendo da idade e da criança, invistam numa bicicleta de aprendizagem de boa qualidade e/ou invistam em aulas (bastam 4 a 8 horas para os miúdos ficarem quase uns pros), ou preparem-se adequadamente para a ensinarem (bem) vocês mesmos (vendo isto, por exemplo)

Quando aprendemos uma actividade motora nova, estamos literalmente a alterar o nosso cérebro, estamos a criar novos caminhos neuronais, novas ligações – claro que vai custar! É preciso insistir nos exercícios, praticar regularmente e dormir bem entre aulas. Mas vale a pena, aprender uma nova actividade motora mantém a saúde do nosso cérebro, e depois realizar essa mesma actividade física também beneficia o cérebro, é só vantagens. 🙂